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Educar é ter nas mãos a chave para um mundo melhor.

domingo, 19 de fevereiro de 2012


CRIANÇAS - O ADULTO DE AMANHÃ

Quando não estamos presentes na educação dos nossos filhos, logo estamos em busca de algum culpado para justificar a razão dos seus comportamentos deformados. Mas, infelizmente para os pais, não há como justificar que o resto do mundo seja culpado de alguma coisa. Podem criar desculpas elaboradas, podem ter um motivo para cada coisa, e podem mesmo alegar falta de tempo, pois trabalham fora, precisam manter a casa, etc. Mas, não há como fugir da realidade, e esta é simples, os pais ou tutores são os verdadeiros responsáveis pela conduta de suas crianças, afinal de contas, estas não vieram ao mundo como cães sem dono.

Se não conseguem ter tempo para cuidar delas, isso faz parte do problema criado por eles mesmos, e não existem outros culpados. Como podemos exigir do mundo coerência para o modo de pensar e agir dos nossos filhos, se nós mesmos nunca lhes demos isso? Uma criança, criada dentro de um lar atencioso, com pais ou tutores carinhosos, respeitadores, só por obra de um trágico e ilógico destino, poderão ter uma mente deformada ao crescerem. As tentações do mundo lá fora, seus vícios e manias, existem primeiro dentro de nossas casas, através de nossas posturas pessoais, do modo como para elas retratamos e descrevemos os nossos ideais, nossas angústias, frustrações e medos.
Disso vai depender o que gostarão de ser no futuro, e a influência lá de fora, servirá apenas de complemento para seus desejos. Sendo criado em um ambiente de atenção, cuidados e compreensão, nada, mais nada, do mundo lá fora, tenderá a influenciá-los de forma negativa. Se ainda assim caírem em tentação, será porque uma correta educação preliminar, nunca tiveram em casa. Não se trata de lhes proporcionamos conforto e plenitude material, mas antes disso, de lhes darmos atenção e respeito, afinal, são nossos filhos.

Muitas vezes se comenta, como jovens que tem uma boa vida, uma família estruturada e estável, uma boa escolaridade, pais aparentemente justos que lhes suprem todas as necessidades, como jovens assim, se deformam a ponto de cometerem excessos, se entregarem aos vícios ou drogas, ou praticarem delitos graves.

Perguntamos nesse ponto: Como afinal de contas nasce a mente de um jovem; de onde virão as influências que lhe darão o comportamento, a conduta que o caracteriza como indivíduo? Do mundo lá fora, dos amigos; sugestão da sociedade, dos costumes; o que afinal de contas os influenciam a ponto de determinar o que devam ou não ser, devam ou não fazer de suas vidas?

Sabemos que uma criança não nasce com uma personalidade, então, só podemos deduzir, pela lógica, que tudo isso ocorre no intervalo entre sua fase infantil e adolescente. Mas, como essa criança recém chegada ao mundo apreende os caracteres que determinarão sua personalidade, seus gostos, seus desejos, suas amarguras, seu caráter?

Uma criança aprende através da imitação, logo ela precisa de um exemplo prático para imitar, um modelo para reproduzir, ou vários modelos, e destes, finalmente, vai tirar aquilo que lhe servirá de gabarito para construir sua própria personalidade. Não há outra maneira, mas existem muitas formas de como essa maneira tende a se apresentar para ela, ou influenciá-la.


Elas não poderão gostar das coisas lá de fora, se já não tiverem uma predisposição psicológica para que tais influências surtam efeito sobre as mesmas. Não se trata de atração involuntária, ou necessidade física por uma ou outra coisa do mundo, pois o que existe de concreto, é uma mente, um cérebro a deduzir, a avaliar, tudo aquilo que pode lhe proporcionar alguma vantagem, alguma compensação, ou prazer.

No cérebro, é lá dentro que estão suas memórias, suas lembranças, tudo aquilo que aprendeu a odiar ou preferir, a rejeitar ou idolatrar. Isso se aprende, se aprende com alguém, seja quem for; isso não é coisa inata, nem uma condição física que não esteja sob o domínio da vontade, como acontece, por exemplo, com uma corrente sanguínea, que flui, sem depender do nosso desejo, credo ou opinião.

A questão que surge então é essa: Como surgem as predisposições, os desejos, as preferências, as antipatias ou empatias que darão lastro a personalidade dos nossos filhos, uma vez que eles não nascem com isso? Será coisa instintiva, como o são a capacidade de sentir fome, frio, etc., ou isso se aprende através da imitação, de um modelo que lhe sirva de exemplo?

Para diferenciar uma coisa instintiva de outra adquirida através do hábito, é simples, basta separar aquilo que é movido pelo desejo, pela vontade, daquilo que não é. Por exemplo, sentir fome, sentir dor, e assim por diante, isso não depende de nossa vontade, ocorre à revelia do nosso querer, logo aí não há a interferência do pensamento, isso é instinto. Se podemos escolher ou comparar, preferir, então é coisa do pensamento, faz parte de nossas memórias apreendidas, acumuladas através de nossa experiência pessoal, e certamente, de alguém isso copiamos, ou aprendemos.
Descobrir que os vícios do mundo são repassados a cada geração para nossos herdeiros, esse deve ser o primeiro passo; aceitar que esse é o modo que serve de modelo às futuras gerações, é compreender a coisa. Feito isso, como educadores, assim como o agricultor que pretende separar os grãos incapazes de germinar dos capazes, devemos avaliar tudo aquilo que não mais nos serve, que não serve de exemplo ao homem, que não mais merece ser imitado, repassado, como até hoje o temos feito, cujo resultado é o mundo onde vivemos.

Não podemos mudar o mundo, que isso fique muito claro, tão óbvio quando o ar que respiramos, mas podemos sim, transformar o indivíduo, aquele que vê esse mesmo mundo, o mesmo que multiplica e perpetua os hábitos que aqui se pratica. Este sim será capaz de alguma ação, individual, capaz de deixar uma herança digna para seus sucessores, sem vícios, e talvez, criar, um lugar mais justo para se viver.

Fonte: sitededicas.com.br

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Lugar de criança é na escola.

Em muitos países, milhares de crianças saem todos os dias de casa ainda muito cedo para trabalhar. No Brasil, aproximadamente 5,5 milhões de brasileiros, com idades que oscilam entre 5 e 17 anos, trabalham enquanto deveriam estar na escola.

Geralmente, essas crianças e adolescentes executam elevadas jornadas de trabalho, impedindo assim a presença deles na escola. Além disso, o trabalho desempenhado, muitas vezes, requer um enorme esforço físico.

O ingresso no trabalho de forma prematura impossibilita a busca por uma vida melhor e ofusca os sonhos de milhares de crianças e adolescentes. É notório que o trabalho executado por essas crianças as exclui da escola.
Essa realidade não é exclusividade do Brasil, a seguir o panorama do trabalho infantil no mundo:

• De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho, no mundo existem cerca de 250 milhões de crianças trabalhando.

• O trabalho é realizado por crianças com idades entre 5 e 14 anos.

• Cerca de 120 milhões trabalham em período integral.

• Aproximadamente 80% não desfrutam de descanso semanal.

• Grande parte desses trabalhadores vive na zona rural.


- Em Portugal são cerca de 200 mil trabalhadores com idade inadequada para o trabalho.

- Na Espanha são aproximadamente 500 mil.

- Na Alemanha, cerca de 600 mil.

- A América Latina abriga aproximadamente 7% da mão de obra infantil mundial.

- A África responde por 32% da força de trabalho infantil no mundo.

- Aproximadamente 61% do total de crianças que trabalham no mundo habitam o continente asiático.

- Somente na Índia cerca de 120 milhões de crianças e adolescentes desempenham algum tipo de trabalho.

- Na Oceania são cerca de 500 mil.

A partir desses números podemos perceber que se trata de um problema que abrange uma dimensão internacional. Essas crianças que trabalham poderiam estar na escola e brincando, tendo em vista que essa etapa da vida deve ser dedicada exclusivamente a isso.

Desenhos e brincadeiras violentas podem influenciar o comportamento das crianças

Especialistas afirmam que reprodução de cenas violentas contínuas estimula crianças à agressividade


Armas de brinquedo, desenhos de luta, games com morte. Esses são elementos fáceis de serem identificados no dia a dia das crianças. Embora de forma diferenciada, tanto o desenho quanto os jogos e as brincadeiras possuem uma característica em comum: transmitem indiretamente mensagens de violência. Mas até que ponto brincadeiras como essas podem influenciar o processo de crescimento de uma criança?  

Os desenhos veiculados na televisão, por exemplo, são compostos por personagens de lutas que oscilam entre vilões e mocinhos. Nos games, como o GTA, a criança desenvolve estratégias para eliminar seus adversários. Por ultimo, e não menos importante, temos as famosas armas e espadas de plástico, comum no cotidiano das crianças. O elemento principal que revela a face dessas brincadeiras é eliminar o adversário, na luta por poder e liderança.

As crianças, ao fazerem uso desses entretenimentos, suspendem a relação com a realidade, se inserindo em um mundo de fantasia, onde usufruem da sensação de poder e liberdade. Na infância, há um processo de construção da personalidade e do caráter, e o contexto onde ela se encontra é determinante para a formação de sua índole.

Alguns especialistas afirmam que o convívio das crianças com esses elementos podem transformá-las em adultos violentos. É o caso da psicóloga Zilda Pedroso. Ela acredita que esse tipo de diversão atribui indiretamente artifícios negativos para o desenvolvimento do caráter das crianças. “Existe uma deficiência nos conceitos vigentes atuais da sociedade, onde se torna algo comum convivermos com a violência e ausência de valores”, afirma.

Responsabilidade social ou midiática? 

Com a rápida evolução da tecnologia, o público infantil exige cada vez mais produtos avançados e diferenciados no mercado.  Dessa forma, houve uma queda significativa na qualidade dos produtos disponíveis, pois a maioria já não possui referência positiva a ser transmitida para as crianças. É possível identificarmos isso nos desenhos animados, que não são mais fantasiosos como antigamente.

Acompanhar a evolução tecnológica, atender às demandas do mercado e manter um nível de exemplo e educação para as atuais e futuras gerações se tornou algo difícil. A pedagoga Roseli do Couto responsabiliza os adultos. “A sociedade estimula a violência a partir da criação e proliferação de jogos que propagam a mesma. A cabecinha de uma criança é como uma esponja: absorve tudo a sua volta”, diz. 

Ela reforça que não há como calcular o quanto o convívio com a violência pode afetar o comportamento de uma criança em longo prazo.  ”É necessário supervisionar o que as crianças têm como referência, pois aquilo que assistem, jogam e brincam pode desviar gradativamente seu comportamento, transformando-o mais tarde em um ser agressivo e violento”, analisa.

O outro lado da brincadeira: games a serviço da construção do conhecimento

O amplo uso de computadores e games chama a atenção de estudiosos, que apontam as implicações existentes nesses elementos para o processo educativo de crianças e adolescentes. Mesmo classificando os jogos como algo prejudicial à formação das crianças, há contextos que contradizem essa teoria.

Estudos realizados em diversos países apontaram os games como ferramenta indispensável para o processo de educação e aprendizagem, auxiliando até mesmo na recuperação de pacientes que enfrentam doenças neurológicas, por exemplo. O psicoterapeuta José Silvio Ribeiro afirma que jogos de computador e vídeo game auxiliam no tratamento de pacientes. 

O profissional afirma que o estímulo provocado pelos jogos traz benefícios. “É importante exercitar a mente do paciente, estimulando a reflexão e a criatividade. Existem alguns jogos no mercado que requerem atenção do jogador. Isso influencia positivamente crianças com déficits de atenção, que apresentam quadro de depressão ou que são hiperativas”, explica.

Os jogos, portanto, também podem se apresentar como recursos positivos. Porém, o psicoterapeuta alerta para os excessos. “Acredito que tudo que é em excesso se torna prejudicial à saúde. Os pais devem estabelecer limites e não proibir essa forma de entretenimento, que foi comprovada o quanto pode ajudar crianças e adolescentes que se encontram em tratamento, sejam eles de origem emocional ou traumatológica”, orienta.

domingo, 26 de junho de 2011

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe. 
(Frase de Jean Piaget)

sábado, 25 de junho de 2011

Como educar hoje nossas crianças ?



"Não tenho um caminho novo,
o que trago de novo é o
jeito de caminhar..."
(Thiago de Mello)


Quem educa uma criança senão seus pais em primeira instância? Quem deverá educar “para a não-violência” e para que essa criança seja uma cidadã digna? Os pais.
As questões da educação infantil, limites, punições, qualidade do tempo e afeto na educação, estão presentes em qualquer discussão da atualidade. Depois da influência da década de 60 onde o lema era "é proibido proibir" e achava-se que, após gerações de tirania na educação, o correto era criar filhos sem "traumas" e sem dizer "não". O grande problema é que o excesso de “psicologismo” trouxe insatisfação aos pais que não sabiam o que fazer com certos comportamentos de seus filhos, pois fala-se em “não traumatizar a criança” mas nada se dizia acerca de como estabelecer os limites necessários a formação de uma identidade tolerante à frustração, observadora de regras sociais e, ao mesmo, tempo criativa. Atualmente a educação infantil passa por um momento de transição, no qual os pais e educadores encontram-se sem suportes sólidos para suas convicções pessoais. Passa-se de um extremo a outro na educação dos filhos: ou filhos absolutamente sem limites ou filhos criados ainda com base no autoritarismo e, principalmente, com o recurso da punição física e, conseqüentemente, da agressão e violência.